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domingo, 19 de agosto de 2012

ORAÇÃO E A OBRA DE DEUS 1, 2

Qual é o princípio da obra de Deus? A obra de Deus tem em sua base um principio primário: Ele deseja que o homem ore, deseja que o homem coopere com Ele por meio a oração.
            Existiu um cristão que sabia muito bem como orar. Declarou que todas as obras espirituais incluem quatro passos: O primeiro é que Deus concebe um pensamento, Sua vontade; o segundo é que Deus revela Sua vontade a seus filhos mediante o Espírito Santo, fazendo com que eles saibam que Ele tem uma vontade, um plano, uma exigência e uma expectativa; o terceiro passo é que os filhos de Deus respondam à vontade dEle em oração, pois orar é responder à vontade de Deus – se nosso coração for um com o coração dEle, naturalmente proferiremos a oração que Ele deseja; e o quarto passo é que Deus realize o que pretende.
            Aqui nos preocupamos não com o primeiro ou com o segundo passos, mas com o terceiro – como devemos responder à vontade de Deus em oração. Por favor, observe a palavra “responder”. Todas as orações de valor possuem este elemento de resposta ou retribuição. Se nossa oração tiver somente o propósito de realizar nosso plano e expectativas não terá muito valor no reino espiritual. A oração deve originar-se em Deus e devemos responder a ela. Somente tal oração tem significado, pois a obra de Deus é controlada por ela. Há muitas coisas que o Senhor deseja fazer, mas não as faz porque seu povo não ora. Ele espera até que os homens concordem com Ele, e então opera. Este é um grande princípio da obra de Deus, um dos princípios mais importantes encontrados na Bíblia
Assim diz o Senhor Deus: Ainda nisto permitirei que seja solicitado pela casa de Israel: que lhe multiplique eu os homens como um rebanho 
(Ezequiel 36:37).

A passagem de Ezequiel 36:37 é surpreendente. O Senhor diz que tem um propósito: aumentar a casa de Israel como rebanho. Esta é a vontade de Deus. O que Ele ordena, faz. Entretanto, não realiza instantaneamente, mas espera um pouco. Qual o motivo da espera? Diz o Senhor: “Ainda nisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel.” Deus já decidiu multiplicar a casa de Israel, mas deve esperar até que os filhos de Israel perquiram-no sobre o assunto. Vejamos que ainda que Ele tenha resolvido realizar certas coisas, não o fará imediatamente. Espera até que os homens mostrem acordo antes de prosseguir. Toda vez que opera, nunca o faz imediatamente; não, Ele espera, se necessário, que Seu povo expresse o acordo em oração antes de agir. Realmente é um fenômeno muito espantoso.
Tenhamos sempre em mente esta verdade: todas as obras espirituais são decididas por Deus e desejadas por Seus filhos – todas iniciam-se em Deus e são aprovadas por Seus filhos. Este é o grande princípio da obra espiritual. “Ainda nisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel”, diz o Senhor. A obra de Deus espera a petição dos filhos de Israel. E um dia os israelitas, com efeito, pediram e Deus, sem tardar, o executou.
Extraído do livro: Oremos

ORAÇÃO E A OBRA DE DEUS 3


Isaías 62: 6-7 diz: “Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra”. Deus pretende restabelecer Jerusalém e pô-la por objeto de louvor na terra. Como o faz? Põe guardas sobre os muros para que clamem a Ele. Como devem eles clamar? “Não descanseis nem deis a ele descanso” – devemos clamar a Ele incessantemente e não dar-Lhe descanso. Devemos continuar orando até que realize Sua obra. Embora o Senhor já tenha desejado colocar Jerusalém por objeto de louvor na terra, entretanto põe guardas sobre os muros. Por sua oração Ele opera. Insta-os a orar não somente uma vez, mas a orar sem cessar. Continuar a orar até que Sua vontade seja feita. Em outras palavras, a vontade de Deus é governada pelas orações do homem. O Senhor espera que oremos. Compreendamos claramente que quanto ao conteúdo da vontade de Deus o próprio Deus é quem decide; nesta decisão não tomamos parte. Entretanto, o fazer sua vontade é governado por nossa oração.
Certa vez um irmão observou que a vontade de Deus é como um trem de ferro, enquanto nossa oração e como os trilhos. O trem pode ir a qualquer lugar, se tiver trilhos sobre os quais correr. Tem poder tremendo para ir ao leste, oeste, sul e norte; mas somente pode ir a lugares onde existam trilhos. Portanto, não é porque Deus não tenha poder (Ele, como o trem, tem poder, grande poder); mas escolheu ser governado pela oração do homem. Portanto, todas as orações de valor (como os trilhos do trem) preparam o caminho de Deus. Conseqüentemente, se não tomarmos a responsabilidade da oração, impediremos o cumprimento da vontade de Deus.

Extraído do livro: Oremos

ORAÇÃO E A OBRA DE DEUS

Os que não conhecem a Deus podem retorquir desta forma: Se Deus deseja fazer algo, por que Ele simplesmente não faz, por que deseja Ele que os homens orem? Não sabe Ele tudo? Tanta oração não incomodará a Deus? Tenhamos em mente, entretanto, que nós, seres humanos, temos o livre-arbítrio. Da mesma forma que o Senhor não pode negar Sua própria vontade, Ele também não pode forçar-nos. Ele espera que apresentemos Sua vontade em oração. Ainda assim não quer Ele que Sua vontade seja feita na terra como é no céu? Então, por que não vai em frente e a realiza? Por que o Senhor pede que seus discípulos orem: “Pai nosso que estás nos céus,... faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu”? Se ele deseja que seu reino venha, por que não vem automaticamente? Por que devem os discípulos orar: “Venha o teu reino”? Por que, se indubitavelmente Deus deseja que Seu nome seja santificado por todos, Ele não o faz sozinho em vez de exigir que Seus discípulos orem: “Santificado seja o teu nome”? A razão de tudo isto não é outra senão o fato de que Deus não deseja fazer nada independentemente; porque escolheu ter a cooperação dos homens. Ele tem o poder, mas precisa que nossas orações coloquem os trilhos para que o trem de sua vontade possa correr. Quanto mais trilhos colocarmos, tanto mais abundantes serão as obras de Deus. Nossas orações, portanto, devem servir o propósito de lançar uma enorme rede espiritual de linhas. Quanto mais, melhor.

ORAÇÃO E A OBRA DE DEUS


 


Como devemos colocar trilhos para a vontade de Deus? Resposta: “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito” (Ef 6:18). Nossa oração deve-se espalhar em muitas direções. Devemos orar constantemente. Faça orações específicas e também gerais. Muitas de nossas orações são por demais difusas; há buracos em demasia pelos quais Satanás tem a oportunidade de penetrar. Se nossas orações fossem bem feitas e bem guardadas, ele não poderia causar prejuízo.
Toda vez que orarmos precisamos perceber três aspectos: primeiro, precisamos, ver a quem oramos; segundo, devemos saber por quem oramos; e terceiro devemos compreender contra quem oramos. Muitas vezes lembramos somente dois aspectos da oração – os que se referem a Deus (a quem oramos) e aos homens (por quem oramos). E assim deixamos de perceber o aspecto do inimigo. Na oração devemos não somente saber a quem oramos, mas também contra quem oramos. Devemos saber por quem oramos, mas também saber que há um inimigo a espreita, pronto a atacar-nos. Nossa oração é dirigida a Deus, pelos homens, contra Satanás. Se cuidarmos destes três aspectos, Deus certamente operará por nós.
Todo aquele que verdadeiramente trabalha para o Senhor deve espalhar uma rede de oração para que Ele possa trabalhar mediante essa pessoa. Não é que Deus não esteja disposto a trabalhar: Ele simplesmente espera que Seu povo ore. Ele espera ansiosamente que os homens tenham uma vida de oração; Sua vontade espera pelas orações dos homens. Muitas vezes, sem ter determinado um período de oração, a pessoa sente a necessidade de orar, como se fora um encargo. Isto indica que há um item na vontade de Deus que requer sua oração. Ore quando sentir o encargo da oração – isto é orar de acordo com a vontade de Deus. É o Espírito Santo que constrange a fazer a oração segundo a vontade de Deus. Quando o Espírito Santo levá-lo a orar, ore. Se não orar, sufocar-se-á por dentro como se alguma coisa tivesse ficado por fazer. No caso de você ainda não orar, sentir-se-á até muito, mais afadigado. Finalmente, se você não orar, de modo nenhum, o espírito da oração e o encargo dela ficarão tão embotados que lhes será difícil conseguir de novo tal sentimento de fazer a oração segundo a vontade de Deus.
Toda vez que Deus coloca um pensamento de oração em nós, seu Espírito Santo primeiro nos leva a sentir a necessidade urgente de orar por esse assunto particular. Assim que recebamos tal sentimento devemos entrega-nos imediatamente à oração. Devemos pagar o preço de orar bem por esse assunto. Quando o Espírito Santo nos move, nosso próprio espírito instantaneamente percebe a necessidade como se um grande encargo tivesse sido removido de nossos ombros. Mas, se não levarmos tal fato em oração, ficaremos com o sentimento de algo por fazer. Se não expressarmos tal coisa em oração, não estaremos em harmonia com o coração de Deus. Devemos ser fiéis na oração; isto é, se orássemos assim que a necessidade chegasse, a oração não se tornaria um peso, em vez disso seria leve e agradável.
Extraído do livro: Oremos

Marido & Mulher 2





GASTE TEMPO PARA APRENDER

2)   Como remediar a situação

Visto que tantos já se casaram sem ter tido qualquer preparo, precisamos deixar as coisas como estão, concentrando-nos assim na tarefa de melhorar a situação existente. Ao compreender como é grande a responsabilidade de constituir família, os maridos devem estar dispostos a aplicar medidas corretivas a fim de aprenderem a desempenhar o seu papal; e as mulheres, por sua vez, devem fazer o mesmo.
Embora tenha sido treinada para tratar a família como o faria um profissional, a pessoa mesmo assim pode falhar. Quanto mais então estará uma família condenada, se a atitude da pessoa para com ela for por completo despreocupada, nada séria. O indivíduo deve concentrar todas as suas energias no casamento e manter-se mais diligentemente ocupado com ele do que com outras coisas. A família não escapará ao fracasso se for tratada com leviandade. De forma a fazer da sua família um sucesso diante de Deus, você deve levá-la a sério e gastar tempo com ela. Qualquer fracasso que tenha ocorrido precisa ser transformado em sucesso. O casamento é um empreendimento tão sério que precisa ser bem sucedido.
Todos os irmãos e irmãs casados devem, portanto, aceitar a sua responsabilidade diante de Deus. Desde que o casamento é mais difícil do que qualquer outra profissão, ninguém deve esperar para aprender com toda diligência como sair-se bem nele.



Watchman Nee

Marido & Mulher


 



FECHE OS OLHOS

A primeira coisa a aprender depois do casamento é fechar os olhos para que você não possa ver.
Quando duas pessoas moram juntas como esposa e esposo, dia após dia, ano após ano, sem férias ou licença por motivo de doença, cada uma delas tem muito tempo para descobrir as fraquezas da parte oposta. Portanto, tão logo você se case, precisa fechar os olhos. O alvo do casamento não é descobrir as fraquezas do seu companheiro para a vida. Lembre-se: ela é sua esposa e não sua aluna; ele é seu marido e não seu aprendiz. NÃO lhe é pedido que você descubra as dificuldades e fraquezas de seu cônjuge e o ajude a corrigi-las. Uma família deve ser edificada sobre um alicerce sólido. Portanto, antes de se casar você deve abrir bem os olhos para ver tudo, até mesmo as possíveis dificuldades. Mas, depois de casado você não deve mais procurar ver. Se quiser preocupar-se com as mínimas coisas, terá oportunidade de sobra para isso. Desde que Deus os uniu, ambos terão tempo bastante, talvez cinqüenta anos, para descobrir as fraquezas um do outro. Por esta razão, a primeira coisa que os irmãos e irmãs devem fazer, é fechar os olhos para as dificuldades e fraquezas de seus companheiros. Você descobrirá muita sem olhar! Quantas outras vai descobrir se procurá-las propositadamente.
Ao unir um casal, o plano de Deus foi o de que houvesse submissão e amor na família. Ele não pediu aos cônjuges que descobrissem e corrigissem as faltas ou do outro. Deus não estabeleceu os maridos como instrutores de suas esposas, ou as esposas como mestras de seus maridos. O marido não necessita mudar a mulher ou esta a seu marido. Seja qual for o tipo de pessoa com quem você se casar, deve esperar viver com ela toda a sua vida. Não procure de propósito as dificuldades e fraquezas com vistas a ajudar. Tal conceito de ajuda é basicamente errado. As pessoas casadas precisam aprender a fechar os olhos. Elas precisam aprender a amar e não a ajudar ou corrigir.

Watchman Nee